sábado, 2 de outubro de 2010

'Os Vampiros Que Se Mordam' faz sátira de 'Crepúsculo'

Os vampiros que se cuidem! Atualmente, são as criaturas mais superexpostas da mídia, com filmes, séries de televisão, enxurrada de livros (novos e antigos) e afins. A comédia Os Vampiros Que Se Mordam chega para aumentar a lista - sem trazer nada de novo, engraçado ou que justifique sua existência.

Estreando em circuito nacional, o filme é uma sátira da série Crepúsculo, escrita e dirigida por Jason Friedberg e Aaron Seltzer, que já tentaram satirizar comédias românticas, com Uma Comédia Nada Romântica, épicos (Espartalhões), e filmes de desastre (Super-Heróis - A Liga da Injustiça), sem sucesso.
Ignorando que a ideia das criaturas vampirescas é mais antiga do que Crepúsculo, Os Vampiros Que Se Mordam concentra-se no primeiro e segundo filmes da série, refazendo muitas das cenas e da trama de forma exagerada.
A jovem Becca (Jenn Proske) muda-se para uma pequena cidade para morar com o pai, um xerife local (Diedrich Bader). Na escola tem poucos amigos, mas acaba conhecendo e se apaixonando pelo pálido e estranho Edward Sullen (Matt Lanter, de Super-Heróis - A Liga da Injustiça).
A propensão que Bella, personagem do filme original, tem para se martirizar é potencializada aqui - e algo que, por natureza, seria engraçado, não consegue gerar qualquer fagulha de humor em Os Vampiros Que Se Mordam. A culpa disso é, em boa parte, por conta da falta de tato da dupla Friedberg e Seltzer - para quem espancar um cadeirante por minutos a fio deve parecer engraçado. Para eles, também é divertido quando Becca solta gases na cara de Edward, ou Jacob (Chris Riggi), o menino-lobisomem, urina numa árvore.
Becca, por sua vez, sofre por não conseguir perder a virgindade. Afinal um dos pretendentes prometeu ser celibatário e o outro prefere perseguir gatos. É a vida! Ou melhor, é a vida dos mortos, à qual Becca tem que se acostumar caso queira se casar com Edward.
Com menos de uma hora e meia, Os Vampiros Que Se Mordam parece mais longo e cansativo do que uma maratona da série Crepúsculo. Com um acúmulo de referências pop - Lady Gaga, Lindsay Lohan, Gossip Girl, Buffy, Alice no País das Maravilhas -, o enredo revela-se incapaz de produzir algo realmente engraçado. Por outro lado, a estreante Jenn Proske faz uma imitação quase perfeita da verdadeira Bella, Kristen Stewart - pena que isso aconteça num filme tão pouco inspirado.

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